terça-feira, 25 de agosto de 2015

O sinal digital de TV nas cidades do interior

Foto tirada pelo autor.
O sinal de TV digital trouxe vários benefícios para o entretenimento domiciliar, dentre eles temos alta definição de imagem, redução/eliminação de ruído, portabilidade, interatividade, e mais alguns. O salto de qualidade é impressionante, tanto em relação à imagem quanto ao som.

No entanto, nem só de luz se faz o Universo, quem não reside nos grandes centros urbanos não terá à disposição o sinal digital terrestre e deverá captar o sinal através do DTH (Direct To Home) via antena parabólica e receptor digital (o que é o meu caso).

A TV digital nos trouxe algumas novidades, tal como o fato da maior emissora aberta do país codificar o seu sinal digital para que apenas determinados tipos de aparelhos homologados por ela sejam capazes de receber o sinal em alta definição, de acordo com ela tal medida se faz necessária para proteger as repetidoras locais.

Contudo, para mim, o caso mais difícil de entender é o da TV Cultura, que é o canal preferido aqui em casa porque possui bons jornais informativos e boa programação infantil. O meu descontentamento com esta emissora tem início no começo de 2.015 quando ela desligou o seu sinal analógico do satélite StarOne C2 (uma das primeiras a fazer isso), transmitindo apenas o sinal digital em HD (High Definition) através do satélite StarOne C3. A partir do dia 28 de julho do mesmo ano ela transferiu o sinal para o satélite Intelsat 11, que está repleto de canais codificados exclusivos para assinantes Sky e mais alguns canais abertos em língua espanhola, sendo que no satélite anterior (C3) há vários canais brasileiros abertos.

Anteriormente captando-se o sinal analógico do satélite StarOne C2 era possível sintonizar 32 dos principais canais abertos FTA (Free To Air). Hoje, com o sinal digital, para sintonizar ESTES MESMOS 32 canais faz-se necessário no mínimo quatro antenas parabólicas apontadas para quatro satélites diferentes!

Cito ainda que a migração do sinal analógico para o digital pode não ser tão suave quanto se imaginava. No momento em que você, que vive no interior do país e assiste televisão através de uma antena parabólica com receptor analógico, resolver substituir este último por um receptor digital full HD, prepare-se para perder alguns canais habituais e conhecer outros novatos na sua grade de costume (ou então instale as quatro antenas, conforme citado anteriormente, para ter aqueles 32 saudosos canais).

Por fim, há uma última opção ainda mais cruel: contrate uma operadora de TV paga cujos pacotes básicos resumem-se nos canais que você tinha anteriormente no sinal analógico e totalmente gratuitos, mas que agora você vai pagar para tê-los com a qualidade digital e com uma única minúscula antena!

O leque da gratuidade vai se fechando cada vez mais...

Logo publicarei um artigo sobre como explorar satélites de TV com canais livres.

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