terça-feira, 28 de agosto de 2018

Sistema de Motorização: AstroEQ

Placa Arduino Mega 2560 utilizada para montar o AstroEQ.
Desenvolvido por Thomas CarpenterAstroEQ foi o segundo sistema de motorização de montagem equatorial que eu montei. Apesar de ser pouco conhecido pelos brasileiros, este sistema me chamou a atenção por possibilitar o uso do EQMod, que é um software/driver ASCOM para montagens equatoriais comerciais - o qual eu já usava na minha montagem equatorial SkyWatcher HEQ5 Pro. O EQMod é um poderoso software para automação de montagens equatoriais, possui inúmeros recursos muito úteis em astrofotografia e é bem conhecido pela comunidade de astrofotógrafos (inclusive merece um artigo aqui no blog). 
Painel EQMOD.
O sucesso para se obter um bom sistema de motorização é o casamento perfeito entre hardware e software, e acredite: esta é a parte mais difícil de todo o processo! Além da etapa de configuração há também a etapa de adaptação ao uso de cada plataforma, neste aspecto (na minha humilde opinião) o AstroEQ sai na frente de todos os demais sistemas justamente por fazer uso de um excelente software que foi desenvolvido para suprir as necessidades de quem faz astrofotografia, usufruindo dos melhores recursos disponíveis em uma montagem equatorial computadorizada.
Minha caixa com o AstroEQ instalado.
Este sistema pode ser comprado diretamente no site do desenvolvedor ou pode ser construído pelo usuário. O sistema é livre e gratuito para quem quiser construir a sua própria placa, sendo proibido comercializá-lo fora do site do desenvolvedor. Há uma versão com circuito próprio que promete resultados melhores devido à eletrônica mais robusta do que a do Mega 2560 (inclusive eu queria montá-la), contudo não encontrei um circuito integrado necessário para a montagem, o PIC18F14K50-I/P. A outra versão é esta que apresento na publicação, baseada no Mega 2560 e mais alguns poucos componentes.
Alguns componentes para a montagem do sistema.
O AstroEQ é o sistema mais fácil de se construir desta série que estou publicando no blog. Trata-se de um controle desenvolvido com base na plataforma Arduino, sendo necessário basicamente uma placa Arduino Mega 2560, um shield mega protoboard, dois drivers, dois motores de passo, alguns capacitores e conectores. Além disso possui um programa muito fácil de usar para programar e gravar o arduino.
Arduino com o shield e componentes instalados.
A eletrônica deste sistema é a mais simples possível e, portanto, a mais fácil de montar e configurar porque tem um aplicativo próprio para isso. No entanto, é o único da série compatível apenas com montagens equatoriais, ou seja, não dá para usar o AstroEQ com montagens altazimutais. Além disso, não permite também aprimoramentos através de módulos tal como veremos mais adiante com o próximo sistema, o Onstep que também é baseado no arduino.
Utilitário de configuração e gravação do sistema (uma mão na roda isso!).
Dentre todos os sistemas, este é o que mais me agrada pela simplicidade e por fazer exatamente aquilo que espero de uma montagem computadorizada para uso em astrofotografia, que é o meu objetivo. 

Geralmente o material sobre esta ferramenta é apresentado em inglês, estando todo o conteúdo necessário disponível na página do próprio desenvolvedor.

Alguns links interessantes para quem deseja estudar mais sobre o AstroEQ:

Página Oficial:

AstroEQ Fórum:

Página EQMod:
http://eq-mod.sourceforge.net/

Na próxima publicação falaremos sobre o OnStep.

Abraços e até a próxima!!

sábado, 25 de agosto de 2018

Sistema de Motorização: PicGoTo

Desenho digital de uma placa PicGoTo++.
Em continuidade à publicação anterior, neste artigo falarei sobre o PicGoTo, que foi o primeiro circuito que montei para motorizar uma montagem equatorial. Este sistema me foi apresentado em meados de 2.011 pelo meu ilustre amigo José Marcos Baungartner, acredito que ele foi o primeiro a montar este sistema no Brasil, inclusive a minha primeira placa PicGoTo foi ele quem montou, logo depois eu montei a minha própria placa com algumas alterações.
Versão standard do PicGoTo que montei para uma EQ5.
Fotos dos componentes da placa já soldados.
PicGoTo é um sistema criado por Ángel Caparrós e que utiliza um controlador pic para controlar os motores de uma montagem equatorial provendo excelentes recursos como goto e autoguiagem. O sistema é livre e gratuito para quem quiser construir a sua própria placa, sendo proibido comercializá-lo. Há diversas versões de circuitos, desde placas bem simples (como a que eu montei) a circuitos bem complexos como o PicGoTo++. No Brasil uma das pessoas mais experientes com o sistema é o meu amigo Rafael Compassi, portanto pedi a ele que escrevesse um pequeno review  sobre o sistema, o qual segue abaixo:

"Existem algumas variações do picgoto, que explicarei adiante, mas basicamente o sistema consiste em um (ou mais) integrados da família PIC com uma etapa de potência. O PIC é o responsável pela comunicação, cálculos de velocidade e geração de pulsos para os motores. A etapa de potência amplifica esses pulsos de nível lógico de baixa corrente, para uma corrente e tensão maiores, necessários para os motores de passo.
As versões existentes são as seguintes:
Picgoto standard: 1 PIC controla os dois eixos. Limitado a gotos de 150 a 200x a velocidade sideral.
Picgoto++: 2 PICs, 1 para cada eixo. Suporte a focalizador e roda de filtros. Maiores velocidades de goto (teoricamente passa de 1000x a sideral, mas depende muito de motores de alto desempenho para chegar a tanto).
Picgoto step/dir: somente 1 PIC, sem etapa de potência, necessita de um driver externo de potência, como um drv8825. Velocidades máximas de goto limitadas como a versão standard.

Apesar de ser um ótimo controlador de montagem, requer certa experiência para confeccionar a placa e soldar os componentes, dimensionar outros para limitação de corrente, gravar os integrados PIC ou confeccionar as bobinas toroidais, no caso da versão ++.
Grupo de discussão, com os arquivos esquemáticos, drivers e firmwares: https://es.groups.yahoo.com/neo/groups/Picgotogroup "
Rafael Compassi 
PicGoTo++ do Rafael Compassi.
Como disse o Rafael, dentre todos os sistemas que enumerei no artigo anterior, o PicGoTo é o que exige mais conhecimento em eletrônica para ser montado, pois faz-se necessário confeccionar a placa de circuito impresso, gravar microcontroladores (necessário gravador pic) e fazer inúmeras soldas. Acredito que é um dos sistemas mais baratos para montar, caso você possua o conhecimento exigido, porque os componentes são baratos e fáceis de encontrar em lojas de componentes eletrônicos.

Uma boa vantagem que vejo neste sistema é a qualidade do driver ASCOM presente no picgoto server que o torna capaz de ser operado por qualquer programa com suporte ASCOM, além disso o programa possui inúmeras funcionalidades que te permitem configurar qualquer montagem e realizar ajustes finos. O único fator que considero pouco prático é a necessidade de se utilizar um cabo conversor USB-Serial para operar o sistema.
Janela do picgoto server.
Geralmente o material sobre esta ferramenta é apresentado em espanhol, existem páginas na internet, manuais e um bom grupo de apoio no Yahoo Groups.

Alguns links interessantes para quem deseja estudar mais sobre o PicGoTo:

Página Oficial:

Grupo Picgoto:


Na próxima publicação falaremos sobre o AstroEQ.


Abraços e até a próxima!!


domingo, 19 de agosto de 2018

Sistemas de Motorização para Montagens Astronômicas

Diversos motores de passo
O pessoal sempre me questiona acerca da motorização das montagens equatoriais que faço e percebo que há pouca informação difundida sobre o assunto. Eu construo montagens astronômicas desde o ano de 2.009 e já montei vários sistemas de automatização, pretendo falar um pouco sobre cada um e assim você poderá escolher algum que lhe agrade mais, ou pelo menos conhecer sobre estas incríveis ferramentas.

No Brasil diversas pessoas já montaram sistemas de motorização para as suas montagens equatoriais ou altazimutais, geralmente utilizam montagens comerciais que não vieram com motores e aplicam estes sistemas com a finalidade de obterem acompanhamento sideral automático e conseguem ótimos resultados. Há também quem escolha instalar o sistema numa montagem artesanal, como no meu caso.

Existe vasta literatura sobre o tema, porém geralmente em línguas estrangeiras. O pessoal que monta o sistema comumente o faz para si, alguns até se disponibilizam a fazê-lo para terceiros. A finalidade desta publicação é apresentar as alternativas que existem para motorizar uma montagem equatorial a fim de conseguir acompanhar os astros celestes de forma automatizada que permite mais conforto na observação visual e praticar astrofotografia (tanto planetária quanto de longa exposição).

Para quem não está muito familiarizado com o assunto ou quer entender o porquê de se utilizar uma montagem motorizada, recomendo que leiam esta publicação no meu blog:

Montagem Equatorial motorizada e computadorizada

Na publicação acima falo um pouco acerca da mecânica celeste e como a montagem atua e o seu respectivo funcionamento para obter o resultado que desejamos e, assim, não preciso estender este tópico com a mesma explicação.

O que preciso para conseguir acompanhamento sideral automático?

Você precisa de uma montagem astronômica, seja ela altazimutal ou equatorial, e um sistema que lhe permita controlar os motores que irão atuar sobre os eixos desta montagem reproduzindo o movimento necessário para compensar o deslocamento do astro em razão da velocidade de rotação da Terra. Este sistema poderá prover o recurso de GoTo (apontamento automático) ou não. Enfatizo que: na montagem equatorial é possível utilizar apenas UM motor no eixo de ascensão reta para conseguir acompanhamento sideral; na montagem altazimutal são necessários DOIS motores para se conseguir o mesmo resultado, um em azimute e o outro em altitude.

Quais motores devo usar?

>> Motores DC

Os motores DC (corrente contínua) possuem velocidade fixa, desta forma a velocidade fornecida pelo motor é um múltiplo da velocidade sideral que ao ser aplicada ao sistema de transmissão da montagem (engrenagens, redução planetária, polias, setor liso) reproduz uma velocidade bem próxima à velocidade sideral. Funciona muito bem para observação visual e astrofotografia planetária, mas dificilmente se aplica à astrofotografia de longa exposição. Mais detalhes sobre este tipo de motor pode ser visto aqui.

>> Motores de Passo (steppers)

Os motores de passo são os mais usados atualmente (foto principal da publicação),  tais dispositivos são capazes de girar em qualquer direção em qualquer velocidade praticamente. Existem diversos tipos de motores de passo no mercado, desde pequenos motores a exemplares de grande torque. Para uma montagem equatorial o tipo de motor será proporcional ao tamanho da sua montagem, em geral, quanto maior a montagem mais torque deverá ter o motor. Os tipos mais comuns são os motores Nema, sendo o Nema 17 e o 23 os mais utilizados. Tais motores possuem diversas características, sendo fundamental observar torque, tensão e corrente, estes parâmetros deverão coincidir com o sistema escolhido para controlá-los, caso contrário não irão operar adequadamente ou poderão até queimar o circuito do sistema. A maior vantagem deste tipo de motor é que ele permite inúmeros recursos além do acompanhamento sideral, tais como auto-guiagem (compensa problemas de guiagem em tempo real) e goto (aponta para os astros automaticamente). Todos os meus sistemas foram montados com motores de passo.
Nema 23 com torque de 10 kgf.
Nema 17 com torque de 1,2 kgf.
Motor de passo de ímã permanente "tin-can".
Comparativo de tamanho entre os 3 tipos de motores.
Aqui foram apresentados apenas três tipos de motor de passo (existem mais!) e todos os três podem ser utilizados em montagens equatoriais com o devido projeto.

Vamos aos sistemas!

Para acionar um motor de corrente contínua você precisa apenas fornecer a tensão exigida para que ele comece a girar com a RPM (Rotação Por Minuto) especificada, não requere portanto um circuito específico para isso. Já os motores de passo exigem um controlador (driver) e um circuito que lhe indique passo/micro-passo, direção etc. O nosso foco será nos sistemas que operam com motor de passo.

Atualmente conheço quatro sistemas disponibilizados gratuitamente para controle de motor de passo em montagens astronômicas, sendo: PicGoTo, SoundStepper, AstroEQ e OnStep. Dentre eles já montei três (PicGoToAstroEQ e OnStep) e cada um deles possui as suas variantes, por isso já montei mais de um circuito para o mesmo sistema. O único que nunca montei é o sistema SoundStepper do meu amigo Maciel Bassani Sparrenberger, que é o único brasileiro da lista e que tomei conhecimento apenas no ano passado durante o X EBA.

Detalhes sobre o sistema do Maciel podem ser encontrados aqui: SoundStepper.

Para que a publicação não fique longa demais, irei escrever um artigo para cada sistema que já montei e assim espero que possibilite o bom entendimento acerca de cada um.

Acompanhem as próximas publicações...

Abraços!

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

A incrível Nebulosa da Águia - Messier 16

Nebulosa da Águia ou Messier 16
A Nebulosa da Águia ou Messier 16 é um objeto emblemático na astrofotografia amadora e também dentre aqueles que praticam observação visual. Trata-se de um dos objetos celestes mais conhecidos do público em geral, boa parte deste sucesso deve-se à famosa foto tirada pelo telescópio espacial Hubble intitulada Pilares da Criação, a impressionante estrutura integra esta vasta nebulosa.

Escrever no meu blog sobre um objeto tão famigerado representa um desafio, porque há muita literatura sobre esta nebulosa, sendo ela muito conhecida no mundo todo tal como a Nebulosa de Órion, Nebulosa da Lagoa, Nebulosa Trífida e o aglomerado das Plêiades. Certamente M16 é o alvo que todo iniciante em astrofotografia deseja fazer, principalmente para capturar os famosos pilares que ilustram muitos livros de ciência da escola e não é por menos que ela é um dos objetos mais famosos do COM (Catálogo de Objetos Manjados).

Os pilares são incrivelmente fáceis de se registrar em foto, pois situam-se na região mais brilhante da nebulosa exigindo pouco tempo de exposição para conseguir um resultado aceitável. Veja abaixo um recorte desta região na minha fotografia:

Os famosos "Pilares da Criação"!
No entanto, o esplendor da imagem apenas se revela através de um trabalho relativamente árduo. Um grande objeto merece uma grande foto! A Nebulosa da Águia já me trouxe várias frustrações, há tempos tento registrá-la com seus enormes braços de nebulosidade, desde o tempo em que eu utilizava câmera DSLR, e mesmo com a câmera COLDMOS este objeto se mostrou bem desafiador. Também foi uma boa oportunidade para colocar a VERONICA em testes.
Veronica carregando o refrator.
Iniciei a captura com 6 horas, o que é algo relativamente bom para a maioria dos objetos deep sky (geralmente faço entre 4 e 5 horas), após o primeiro processamento notei que pouca nebulosidade havia sido capturada; parti para 11 horas e mesmo assim não me satisfez. Portanto acabei fazendo 21 horas de exposição (meu recorde até o momento!). Logo pretendo escrever no meu blog um artigo acerca da relação sinal/ruído para explicar como isto funciona na prática.
[Canal R] - notem quanta nebulosidade de emissão!
Esta astrofotografia foi o meu maior desafio até agora nesta arte, foram 4 noites de capturas e inúmeras tentativas de processamento. Quando vemos uma astrofotografia pronta, dificilmente vislumbramos o quanto de trabalho fora empregado ali, esta imagem é um exemplo disso.

#Dados do objeto:
Nome: Nebulosa da Águia / Eagle Nebula / Nebulosa da Rainha Estelar / Star Queen Nebula
Catálogo: Messier 16 / M16 / NGC 6611 / IC 4703 / LBN 67
Descrição: aglomerado aberto com nebulosidade
Constelação: Serpens (Serpente)
Magnitude Visual: +6.40
Tamanho Aparente: 35.0 x 28.0 arcmin.
Dist. Estimada: 5700 anos-luz
Fonte: SkySafari 4 Plus app
Localização de M16 na constelação Serpens.
#Equipamento:
Telescópio: Refrator Orion ED80
Distância Focal: 600mm
Câmera: QHY163M
Montagem: Veronica CEM
Filtros: LRGB Optolong e L-PRO Optolong
Guiagem: buscadora Meade 8x50 com câmera Starlight Superstar mono
Acessórios: aplanador de campo Orion; roda de filtros manual StarGuider

#Dados da captura:
Luminância (filtro L): 15 horas (subs 180s and 300s) bin1x1 -10° C
Vermelho (filtro R): 3,5 horas (subs 180s and 300s) bin1x1 -10° C
Verde (filtro G): 1,25 horas (subs 180s) bin1x1 -10° C
Azul (filtro B): 1,1 horas (subs 180s) bin1x1 -10° C
Exp. Total: 20,85 horas
Calibração: darks
Local: Silvânia / Goiás / Brasil
Data: 10-13 de agosto de 2.018
Escala bortle: 4-5
Programas para aquisição: APT; EQMod; PHD 2
Programas para processamento: PixInsight e Photoshop CS6

#Image Plate Solver:
Resolution ........ 1.318 arcsec/pix*
Rotation .......... -15.069 deg
Focal ............. 594.59 mm
Pixel size ........ 3.80 um
Field of view ..... 1d 29' 42.3" x 1d 3' 37.6"
Image center ...... RA: 18 19 01.369  Dec: -13 56 23.55
*Esta escala considera a imagem em resolução total (4150 x 3050 pixels).

#Melhor resolução:
Flickr: resolução 2200 x 1560

Abraços!

domingo, 12 de agosto de 2018

Bilhões e bilhões de estrelas - NGC 6520

NGC 6520
"Você já teve um dia em que parecia que uma nuvem escura estava te seguindo? Para o aglomerado aberto de estrelas NGC 6520, todos os dias é assim." [Fonte: APOD]

A imagem que trago desta vez é bem peculiar, existem vários elementos interessantes que consignam à foto uma beleza estimulante. Há tempos este alvo constava na minha lista de objetos a serem fotografados, principalmente por se tratar de algo bem particular: uma pequena nuvem escura navegando pelo bojo da Via Láctea acompanhado de um jovem aglomerado de estrelas.

No centro, à esquerda, temos o aglomerado aberto de estrelas NGC 6520, que é formado por jovens estrelas azuis; à direita temos a nuvem molecular Barnard 86, que também pode ser denominada como uma nebulosa de absorção (nebulosa escura) pois ela absorve a luz das estrelas de fundo. Possivelmente as estrelas do aglomerado se originaram da nuvem molecular Barnard 86, sendo esta nebulosa a fornecedora do material necessário para a formação de novas estrelas.
Destaque para o par cósmico (região central da foto).
Além disso, esta foto traduz em estrelas o celebrado título da obra de Carl Sagan, Billions and Billions: Thoughts on Life and Death at the Brink of the Millennium (Tradução: Bilhões e Bilhões: Pensamentos sobre Vida e Morte à Beira do Milênio). Cada minúsculo ponto no plano de fundo desta astrofotografia é uma estrela como o nosso Sol, porém muito mais distante e que compõe o centro galático.

#Dados do objeto:
Nome: ********
Catálogo: NGC 6520
Descrição: aglomerado aberto
Constelação: Sagittarius
Magnitude Visual: +7.59
Tamanho Aparente: 2.0 arcmin.
Dist. Estimada: 6200 anos-luz
Fonte: SkySafari 4 Plus app
Localização de NGC 6520 na constelação Sagittarius.
#Equipamento:
Telescópio: Refrator Orion ED80
Distância Focal: 600mm
Câmera: QHY163M
Montagem: SkyWatcher HEQ5 Pro
Filtros: LRGB Optolong
Guiagem: buscadora Meade 8x50 com câmera Starlight Superstar mono
Acessórios: aplanador de campo Orion; roda de filtros manual StarGuider

#Dados da captura:
Luminância (filtro L): 38 quadros de 180s Bin 1x1 -10° C
Vermelho (filtro R): 15 quadros de 120s Bin 2x2 -10° C
Verde (filtro G): 14 quadros de 120s Bin 2x2 -10° C
Azul (filtro B): 16 quadros de 120s Bin 2x2 -10° C
Exp. Total: 3,4 horas
Calibração: darks
Local: Silvânia / Goiás / Brasil
Data: 18 de julho de 2.018
Escala bortle: 4-5
Programas para aquisição: APT; EQMod; PHD 2
Programas para processamento: PixInsight e Photoshop CS6

#Image Plate Solver:
Center (RA, hms): 18h 03m 16.614s
Center (Dec, dms): -27° 54' 57.217"
Size: 1.52 x 1.12 deg
Radius: 0.943 deg
Pixel scale: 1.32 arcsec/pixel*
Orientation: Up is 356 degrees E of N
*Esta escala considera a imagem em resolução total (4150 x 3050 pixels).


#Melhor resolução:
Flickr: resolução 1920 x 1411

Abraços!